Viver fora do país de origem é ter que aprender que a nossa cultura é relativa ao seu local: se lá nos brasis damos tapinhas nas costas, isso aqui não é bem visto; se lá dizemos “apareça em casa” aqui significa que vão aparecer mesmo lá (aqui!!!) em casa, e essa cruel fatalidade é uma questão de arreglo (como: não sabes o que é arreglo ?) para definir dia e hora. Assim, manda o bom senso que não se diga isso muitas vezes (viu Ana Paula?...! Hein? VIU ANA PAULA?!!!!).
Esse parágrafo inicial, meu caro leitor (sim!!!! tenho um leitor) é para encaminhar o assunto da lógica espanhola na elaboração dos apelidos. Veja, meu amado leitor (adoro essas intimidades!): no Brasil os Franciscos viram Chicos, os Antonios se transformam em Tonhos e os Albertos são os Betos.
Como se vê tudo certo e lógico: Fran.....Chico, por supuesto; An....Tonho e (Al) Beto, capite ? Acompanhou o raciocínio? Falou ele, com ar professoral.
Tá, então vamos em frente.
Nesse país ligeiramente ilógico para a nossa cultura americana (mesmo que seja da parte pobre, ao sul do equador), nada é como poderia parecer; ou assim é se dessa forma lhe parece. (Puxa, caro Airton, vai com calma, diz o querido leitor. Frases de efeito para encher o espaço e o saco não, né ? ).
(Continuo, me fazendo de morto, como se não fosse comigo): Assim, aqui campeiam os Pacos e os Pepes. Mas, de onde saem esses apelidos?
Acreditem em mim, até porque não ganho nada em mentir: Paco vem de Francisco e Pepe de José.
Matutei longamente por alguns poucos minutos e matei a charada: Francisco quando pronunciado rapidamente vira Paco, idem para José que vira Pepe. Vamos embarcar juntos nessa excitante aventura linguística:
Francis........Paco, e Jos ......Pepe!!!!
Isso ai! Coisas do primeiro mundo! Como dói ser subdesenvolvido e não ter uma cabeça privilegiada para poder usufruir dessa capacidade fantástica de raciocínio.
De agora em diante adotei um apelido, criado pela lógica espanhola: Paco Kwitko. Assim: Airt.....Paco, viu ? É fácil. Tenta aí, meu leitor.
Ou seria melhor: Pepe Kwitko?
Adorei! agora vou chamar meu marido que é Max Francisco de Max Paco. hehehe. E viva o sangue espanhol. Carol VILLARINO Hartmann
ResponderExcluirQue beleza, mais uma viajada na cultura espanhola. Mui bien escrito. Voto em Paco kwitko!!!
ResponderExcluirAirton é impronunciável aqui, por isso ele já tem um apelido. Imagina que agora sou a "mulher do Paco"!
ResponderExcluir