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Por Ana Paula Kwitko

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Supérflua necessária. - Por Silvia Teixeira


Estou cansada. Daí, dizem: "Cansada?". Pois é. Cansada. Não sei. Talvez eu saiba. Certo. Sei bem, confesso, posso ser absolvida agora?
Cansada de escutar o que já sei, o que não sei ou o quiçá nem gostaria de saber. Não ligo.
Informações supérfluas ou não também, como comentei, tanto faz. Nunca fui gente de acrescentar ao ego de outrem. Nunca fui e nunca serei. Algumas coisas sempre são e, no caso, o sou.
Empática? Ah, não! Por favor, não. Não sei lidar com essa tal de empatia. É de comer? Vestir? Dizer? É de tudo isso sim. Empatia é algo bem amplo e, parece, falaram, esse tal de sujeito ou sujeita indeterminado ou indeterminada (sejamos imparciais, por favor!) mesmo. Voltando... Falaram que não tenho no meu vocabulário palavra tão benéfica. Ah, cansada. Paciência, onde estás tu? Queria ser mais empática comigo, mas, Senhor, não sou! Perdoa? Desculpa, ai, errei. Perdoam?
Perdoem-me por favor. Eu clamo muito por essa Empatia, mas ela não liga, não visita, não faz nada. Eu quero achar, mas ela se perdeu por aí, fica só na boca do povo fazendo número. É uma brincalhona mesmo essa guria.
Perdoem-me, como comentei, estou cansada. Pai, perdoa, digo... onde já se viu? Estou aqui falando com o Deus cristão, mas me dirijo a vocês mesmas ou mesmos (sejamos imparciais!). Perdoem-me, ando cansada, a Empatia fugiu e nem pude conhecê-la. E agora não sei o que fazer para vocês perdoarem. Ah, que besteira! Nem ao menos cheguei a dizer o que perdoar! Essa Empatia, brincalhona, me deixa doida. Perdoem. Perdoem a falta de likes, os posts muito pouco compartilhados e a tal da menina Empatia que não aparece e eu a não conheço.
UFA, ao fim do texto ela mandou uma mensagem aqui no Whatsapp. Ela diz: "Perdoem, estou cansada de não ser usada, fugi. Volto quando tiver mais likes".
Cansada.

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