PARA CADA ESCOLHA, UMA RENÚNCIA

Bem como a música "Poema" que o Ney Matogrosso cantou com tanta beleza,"eu hoje tive um pesadelo e acordei com medo, mas não chorei, nem reclamei abrigo, senti um abraço forte" e era a presença constante de quem está longe. A saudade tem nome e sobrenome - Lea Kelbert - minha amiga gêmea, a irmã que escolhi para compartilhar a vida, minha confidente, minha parceira de tantas (que não foram nem tão poucas, nem tão boas assim) jornadas. Minha "assistente especial", a pessoa mais generosa que já conheci até hoje, a mulher menina que sempre me encanta, minha cinderala dos pampas, que se atrapalha num delicioso balé compassado pelo afeto.

Ela me ensinou que não existe diferenças, me deu muitas vezes a chave da liberdade, me disse que a distância só reforça os afetos, me indicou o caminho da saída das dores mundanas, mas nunca me convenceu que para viver meus sonhos eu teria que abdicar dos meus amores...

Amiga, hoje está impossível viver o domingo sem piriri contigo, está impossível regar minhas plantas sem que as veja, está impossível cozinhar sem teus conselhos...hoje a vida está insuportavelmente difícil sem teu riso doce, sem tua voz rouca de blues, sem tuas palhaçadas de guria travessa, sem tua inteligência distraída , sem tua sensibilidade digna e verdadeira.
Hoje a vida está opaca sem ti e sem teu carinho, Le.

O Airton me diz para ter calma, me diz que estás sempre aqui, me diz que vais fazer teu passaporte, que vais ligar para o Tarso e que virás logo... Acredito outra vez nele????