Toda categoria
profissional tem seu jargão: serve para que os membros da mesma se entendam
melhor – uma espécie de esperanto – enquanto esperam que os membros de fora da,
digamos assim confraria, não entendam muito o exposto, o que caracteriza uma
tentativa de obter uma reserva de mercado.
E também serve para poder
cobrar mais pelo que fazem pois, se eu não entendo o oferecido, ele me parece
mais profundo e aí pago o que me pedem.
Vou explicar de forma
ilustrada o juridiquês à minha leitora e disponibilizar oportunidades de
carreira. Seria como uma simples contribuição ao desemprego que assola o país.
Aliás o termo “assola” se
origina de “há sola” ou seja: haja sola para caminhar e procurar emprego.
Isso aí:
1º
Procurador:
É a pessoa que procura.
Existem os procuradores gerais, que buscam coisas várias, sem uma finalidade
definida. Tipo assim: se achar achou. Como existem os gerais devem existir os
específicos.
Esses procuram coisas tais
como chaves, óculos, celulares e até o tal emprego. É uma especialização da
procura e custa mais caro: quanto se paga para a busca de uma chave de carro na
hora de sair de casa?
No país, a Faculdade
Estadual de Picos, no Piauí (www.fepicos.org) oferece curso de
especialização para o procurador específico.
Bolsas de estudo são proporcionadas pelo Centro de Especialização e
Aprimoramento de Bauru (“de” Bauru, não “do” bauru”): www.ceabu.gov.
2º
Desembargador:
É quem desembarga coisas.
À semelhança do procurador, devem existir os embargadores.
Embargadores são os que
embargam coisas; o termo significa “colocar em barco”. Com o tempo passou a ser
utilizado para ações de colocar também em caminhões, carroças, carrinhos de mão
e até de bebês.
Os desembargadores, então,
são os que desembargam as coisas que os embargadores embargaram. Ou seria embarcaram? Bem, prosseguindo: tanto
uma atividade como a outra é bem remunerada pois exige cuidado para não danificar
o que é embargado (ou seria embarcado?) ou desembargado (ou seria
desembarcado?).
Não existe no país nenhum
curso de especialização nessa área. Na América Latina apenas o Chile disponibiliza
um em Puerto Varas: a Universidad de Puerto Varas que casualmente tem o mesmo
nome do local (www.upvaras.ch).
3º
Esquizofrenia:
Não é termo do
“juridiquês”: é médico. Caracterizado por esse texto, foi extraído do texto
original mas por um equívoco de quem gerencia esse blog aqui permaneceu.
4º Estelionato:
Origina-se do celta “es =
ex” + “telio = telha” + “nato = nato”. Significa a sensação que você, minha
leitora, sente agora ao chegar até aqui.
Isso aí.
(*) Autor tentando se esconder.
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