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Por Ana Paula Kwitko

sábado, 27 de fevereiro de 2016

DIVAN GAÇÕES ILUSTRADAS SOBRE O JURIDIQUÊS: SINGELA HOMENAGEM A FILOLOGIA QUANDO UM ECO SE EXTINGUE. Airton Kwitko (*)




Toda categoria profissional tem seu jargão: serve para que os membros da mesma se entendam melhor – uma espécie de esperanto – enquanto esperam que os membros de fora da, digamos assim confraria, não entendam muito o exposto, o que caracteriza uma tentativa de obter uma reserva de mercado.
E também serve para poder cobrar mais pelo que fazem pois, se eu não entendo o oferecido, ele me parece mais profundo e aí pago o que me pedem.
Vou explicar de forma ilustrada o juridiquês à minha leitora e disponibilizar oportunidades de carreira. Seria como uma simples contribuição ao desemprego que assola o país.
Aliás o termo “assola” se origina de “há sola” ou seja: haja sola para caminhar e procurar emprego.
Isso aí: 

1º Procurador:
É a pessoa que procura. Existem os procuradores gerais, que buscam coisas várias, sem uma finalidade definida. Tipo assim: se achar achou. Como existem os gerais devem existir os específicos.
Esses procuram coisas tais como chaves, óculos, celulares e até o tal emprego. É uma especialização da procura e custa mais caro: quanto se paga para a busca de uma chave de carro na hora de sair de casa?
No país, a Faculdade Estadual de Picos, no Piauí (www.fepicos.org) oferece curso de especialização para o procurador específico.  Bolsas de estudo são proporcionadas pelo Centro de Especialização e Aprimoramento de Bauru (“de” Bauru, não “do” bauru”): www.ceabu.gov.

2º Desembargador:
É quem desembarga coisas. À semelhança do procurador, devem existir os embargadores.
Embargadores são os que embargam coisas; o termo significa “colocar em barco”. Com o tempo passou a ser utilizado para ações de colocar também em caminhões, carroças, carrinhos de mão e até de bebês.
Os desembargadores, então, são os que desembargam as coisas que os embargadores embargaram.  Ou seria embarcaram? Bem, prosseguindo: tanto uma atividade como a outra é bem remunerada pois exige cuidado para não danificar o que é embargado (ou seria embarcado?) ou desembargado (ou seria desembarcado?).    
Não existe no país nenhum curso de especialização nessa área. Na América Latina apenas o Chile disponibiliza um em Puerto Varas: a Universidad de Puerto Varas que casualmente tem o mesmo nome do local (www.upvaras.ch).  

3º Esquizofrenia:
Não é termo do “juridiquês”: é médico. Caracterizado por esse texto, foi extraído do texto original mas por um equívoco de quem gerencia esse blog aqui permaneceu.    

4º Estelionato:
Origina-se do celta “es = ex” + “telio = telha” + “nato = nato”. Significa a sensação que você, minha leitora, sente agora ao chegar até aqui.
Isso aí. 
(*) Autor tentando se esconder.



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