- Mãe, por que você não é normal como as outras mães da
minha escola?
- Não tô te entendendo, Julia, pois se a mais normal lá sou
eu!!!!!
- Você é muito “pija”, mãe! Eu tenho um pouco de vergonha... (falou
com a voz mais miúda)
- Tu perdeu a noção do respeito, guria? Que quer dizer isso?
- Eu não sei traduzir para o português, mas é uma
mulher muito diferente das outras mães daqui.
- Hum... diferente bom, ou diferente ruim?
- Mãe, aqui você não pode ser como as suas amigas “pijas” da
Waldorf São Paulo. Lá era legal, aqui não. Entendeu agora?
- Ainda não, me dá exemplos.
- Deixa eu pensar... Ah! Já sei!!! (Disse isso como quem
descobre petróleo no quintal de casa)
- Mãe, além de você, a Elaine é “pija”, a Rafa é “pija”!!!
Entendeu agora?
- Acho que sim, mas ainda quero ter certeza. Me diz uma
coisa: a Malu é isso que tu tá falando?
- Claro que não, né mãe?!
- E a tia Lea?
- Tampoco (ela mistura os idiomas pra falar)
- E a Clelia?
- Mãe, a Clelia é muuuuito “pija”!
- Entendi perfeitamente e já te adianto: jamais eu vou
deixar de me enfeitar e me encher de pintura e badulaques, pois eu compro meus
batons com o mesmo prazer que compro meus livros.
Imagem: "Las pijas", Clélia, Elaine e euzinha.
Imagem: "Las pijas", Clélia, Elaine e euzinha.
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