Terno, pero no mucho...

Viajo com minha família daqui dois dias para Santiago do Chile, farei um curso de intercâmbio cultural na escola Ecela de línguas, e aqui em casa já estamos todos no clima.
Hoje durante o almoço, meu marido, que é médico e se paramentou todo para enfrentar a "gripe suina", me olhou com um jeito quase ameaçador e faiscou: "Tu que é toda metida a legal e terna, não vai querer apertar a mão de ninguém lá. Beijinho, nem pensar! Deixa que pensem que tu é assim dura."
Na hora eu até que achei graça, mas agora já me preocupo profundamente com o fato. Quer dizer que acabou meu "Direito à ternura" só por causa desta maldita gripe ? Que horror!!!! Socorro!!
Eu, que não vivo sem um abraço apertado, vislumbro o que será isto com grande pessimismo. Até me imagino fazendo uma festinha com os amigos novos: todos com máscaras, luvas e taças de vinho nas mãos. A foto clássica com todos abraçados e "se rindo", de jei-to ne-nhum, esquece.
Não sei como vai ser para eu me adaptar, durante a viagem eu conto aqui o que farei para sobreviver. Espero que o vinho nacional (êba!!!!) compense a falta do calor humano.
Hasta luego!